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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Unemat supera expectativas no Intercom Centro-Oeste

            Os acadêmicos de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso abrilhantaram o prêmio Expocom 2011. Inscritos com sete trabalhos nas dez categorias de jornalismo, os acadêmicos mostraram supremacia e conquistaram seis. Os demais alunos da Unemat que estavam presentes torceram pelos colegas e animaram o evento.
Ganhadores do Prêmio Expocom: (da esquerda pra direita)
 Wanderléia, Márcia, Casimiro, Geisiane, Diego e Ariovaldo

O prêmio Expocom acontece no evento do Intercom, e na etapa regional do Centro-Oeste este ano  aconteceu em Cuiabá nos dias 8, 9 e 10 de junho. Os premiados irão a Recife (PE) para disputar o Intercom Nacional que este ano acontece de 3 à 6 de setembro.
Wanderléia Pereira da Silva, acadêmica do V semestre de jornalismo e ganhadora do prêmio Expocom na categoria Produções em Jornalismo Opinativo com o trabalho Quilombolas no século XXI? comenta que mesmo em meio ao nervosismo de apresentar em um evento a nível Centro-Oeste foi muito compensador ganhar o prêmio, afinal ela e demais colaboradores realizavam pesquisas a 1 ano e meio.
Em sua oitava edição, o Intercom teve como tema “Quem tem medo da pesquisa empírica?”. Participaram do evento, faculdades como a Universidade de Cuiabá (Unic), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal de Goiás (UFG) e a anfitriã Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O evento teve a participação de acadêmicos da àrea de Comunicação, pesquisadores, professores e profissionais da àrea. Dentro do Intercom ocorreram diversas atividades como palestras, oficinas, minicursos, laboratórios, o Intercom Júnior e o Expocom.
Ganhadores do prêmio: Wanderléia Pereira e João Alencar
João José Alencar, acadêmico do V semestre de Jornalismo e colaborador do premiado documentário em áudio Um dilema existencial relata que a força de vontade dos acadêmicos fez o diferencial para ganhar os seis prêmios, pois ainda faltam muitos aparelhos, como filmadora, para a realização destes trabalhos. O acadêmico ainda disse que apesar da falta de organização do evento, os minicursos somaram muito aprendizado a sua vida acadêmica. Ao falar do seis prêmios conquistados no Expocom, João diz esperar mudanças pois os acadêmicos tem feito a sua parte, estão produzindo e conquistando prêmios.  O acadêmico diz esperar uma atitude da Unemat, como laboratórios bons e mais rápidos, afinal há coisas que não dá pra esperar, como a filmadora.
O último dia do evento (10) contou com a presença da renomada profissional Vera Íris Paternostro, jornalista da Rede Globo, que apresentou a palestra “Passaporte Sportv” que busca firmar parcerias entre a Globo Universidade e o meio acadêmico, a jornalista exibiu diversas reportagens feitas por acadêmicos que foram transmitidas pela emissora Rede Globo.
O Intercom-Centro Oeste somou muitas conquistas a Unemat e reconhecimento dentre diversas instituições que estavam presentes no evento. O anseio é de que os seis prêmios não caia no esquecimento, ao contrário, que traga melhorias ao curso.


ACADEMICOS PREMIADOS:
Diego da Silva: assessoria de imprensa
"Uma assessoria da imprensa America Latina Logística"
                   
Geisiane Marques Poquiviqui: revista impressa (avulso) 
“Caminhos”

Ariovaldo Mirando: Jornal Impresso (avulso) 
“Jornal Jornaia”

Casimiro Ríos García: Áudio Documentário (avulso) 
“Um dilema Existencial”

Márcia Marques Dótoli: Documentário em vídeo (avulso)                                                                                                                     
"Estrastoférrea"

Wanderléia Pereira da Silva: Jornalismo Opinativo  
“Quilombolas no século XXI?”


sexta-feira, 27 de maio de 2011

A crise é dos jornais - e não do jornalismo

    Gay Talese, escritor e jornalista, ficou reconhecido pela criação do "novo jornalismo", além de perfis memoráveis como o texto que escreveu sobre Frank Sinatra, publicado pela revista Esquire em 1966 desempenhando sua função de jornalista e pela autoria de onze livros, como O Reino e o Poder, The New York Times e A Mulher do Próximo. Em entrevista a revista Veja, Talese fala sobre a postura dos repórteres ao cobrir grandes acontecimentos e a conduta mediante ao governo.
Gay Talese já ganhou 10 milhões de doláres com seus livros.
     Para Talese, a imprensa americana caiu na lorota de que havia armas de destruição em massa no Iraque devido a três razões. Primeira: estavam amedrontados pelos ataques a Nova York em 11 de setembro de 2001. O que possibilitou a George Bush ganhar enorme poder e credibilidade. A imprensa, muito incrédula e ingênua, entrou no clima. Segunda razão: a imprensa se sustenta por publicidade e ser anti-Bush naquele momento era como ser anti-patriótico. E a ultima razão para Talese é que os repórteres eram muitos céticos, diferentemente dos repórteres que cobriram a Guerra do Vietnã nos anos 60.
    Ao falar sobre a nova geração, Talese se mostra descrente. De acordo com o jornalista, os repórteres que estavam em Washington em 2002,  foram educados nas mesmas escolas que pessoas do governo. São repórteres prontos para acreditar no governo, sem pedir provas e evidências. "É rídiculo. Um repórter deve prestar contas ao seu jornal, e não ao coronel que está protegendo a sua vida." Talese ainda acrescenta que se os repórteres de hoje trabalhasse como os repórteres da sua época, o Times não teria caido na lorota do Iraque e tratado como informação o que era apenas desinformação e propaganda.
    Ao relacionar imprensa e governo, o jornalista declara que o governo usa a imprensa mais do que a imprensa usa o governo, a solução para ele é eliminar 50% a 60% da sucursal de Washington e enviar os repórteres para outros lugares do país, o que evitaria o governo de controlar o discurso político.
     Sobre as novas tecnologias como a internet, o jornalista afirma que o publico de hoje é informado de modo mais estreito e direcionado. Os jovens ao utilizar a internet, recebem uma informação de modo
muito objetivo. " Eles têm uma pergunta na cabeça, vão ao Google, pedem a resposta, e pronto." A informação pela internet, pode ser bem sucedido, ter muito dinheiro, mas jamais terá uma visão ampla do mundo.

    Gay Talese declara que a crise dos jornais americanos não é uma crise do jornalismo americano. "As pessoas esquecem que os jornais vão e vêm. O jornalismo, não." As pessoas precisam de notícias, se manterem informadas, e os jornalistas são responsáveis por isso, por trazer a notícia à elas. Talese aconselha a um jovem que se interesse por honestidade e não queira ganhar muito dinheiro,  a seguir a profissão de jornalista. Há jornalista corrupto, mas a diferença é que os jornalistas não toleram mentirosos entre eles. "Acho uma profissão honrosa, honesta. Tenho orgulho de ser jornalista."

sábado, 9 de abril de 2011

Massacre no Realengo

     Como diria meu caro Nando Reis, “o mundo está ao contrário e ninguém reparou”. Prova disso é o que ocorreu essa semana no Rio de Janeiro, dia 07 de abril de 2011, o país inteiro viu-se espantado ao ligar a TV e ver os vários noticiários sobre o massacre ocorrido na Escola Municipal Tasso da Silveira. A imprudência e leviandade de Wellington Menezes fizeram muitas crianças vítimas de sua fúria.

     Wellington Menezes, menino adotado, órfão e portador do vírus HIV. Essas podem ter sido as causas que fizeram o ex-aluno mudar o rumo das histórias dessas crianças, sem pudor e sem ressentimento. E tornar a Escola Municipal Tasso da Silveira do bairro Realengo o palco para o massacre mais espantoso do país.


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     Com facilidade, o ex-aluno conseguiu entrar na escola, portando duas armas e com carga suficiente para o crime premeditado. Crianças inocentes e desesperadas eram o foco para sua fúria. Disparos, atrás de disparos, como em um jogo de videogame, ele exterminou sem escrúpulos 12 crianças e deixou 12 feridos. Após matar um por um, Wellington, decidiu por fim a sua vida.

      Crianças mortas, outras feridas, outras vítimas do pânico. O que passa agora na vida desses pais que deixavam seus filhos na escola, iam sossegados trabalhar e de repente um crime muda a sua realidade para sempre.

  Problemas psicológicos, ódio, sofrimento, loucura, embrutecimento são causas que psicólogos e polícia prognosticam que tenha levado Wellington, a matar crianças sem nenhum ressentimento. E agora o que fazer? Esperar que essa história seja apagada da mente das pessoas com o tempo? Ou reestruturar as falhas que favorecem crimes como este? Afinal, três dias oficiais de luto não mudará, nem tão pouco ajudará a apagar os vestígios que estas famílias estão passando.